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A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) atingiu, no 1º semestre de 2023, uma receita operacional líquida anualizada recorde de R$ 3,8 bilhões. Feira de Santana, sendo a segunda maior cidade da Bahia, é uma das que mais geram lucro, contudo, de acordo com a secretaria de agricultura de Feira, este lucro não tem sido devolvido à cidade através de serviços, levando em conta que a maior parte da zona rural, ainda sofre sem água encanada.

“Feira de Santana é de forma efetiva uma das cidades que mais geram lucro para a Embasa. Onde estão os investimentos para levar água às mais de 10.000 pessoas que não tem água encanada na zona rural? Estamos nos aproximando da maior seca de todos os tempos e lutando para que o nosso povo não passe sede, onde se encontra a Embasa neste momento?”, questiona o secretário de agricultura, Pedro Américo.

De acordo com o último censo do IBGE, 63.150 habitantes não têm acesso a água, e o esgoto de 278.570 habitantes não é coletado, uma realidade que pertence não só a zona rural, mas também, a zona urbana de Feira de Santana.

“Em locais como o conjunto José Ronaldo, Lagoa Grande, Rocinha e CASEB ainda não tem rede de esgoto e a Embasa não faz investimentos. A falta desse serviço, que é se suma importância, facilita a propagação de doenças, principalmente entre crianças e idosos, que apresentam uma saúde mais fragilizada. É um foco de bactérias, vírus, e parasitas, uma ameaça inerente à saúde pública”, adverte o secretário.

Como resultado, a Embasa registrou lucro anualizado recorde de R$ 585,64 milhões em 30/06/2023, superior em 27% quando comparado ao resultado anualizado registrado em 30/06/2022. “Enquanto o Governo do Estado e seus aliados estão comemorando o lucro, deveriam na verdade estar envergonhados ao fazer propaganda e não cuidar do povo que mais precisa”, finaliza Pedro Américo.

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