O vereador Pedro Américo apresentou, na Câmara Municipal de Feira de Santana, uma indicação sugerindo a implantação de sensores de monitorização contínua de glicose (MCG) na rede municipal de saúde. A proposta visa beneficiar, inicialmente, crianças com diabetes tipo 1 e idosos em situação de vulnerabilidade, como forma de modernizar o cuidado, reduzir complicações clínicas e humanizar o atendimento.
Atualmente, o monitoramento da glicemia em pacientes diabéticos depende de métodos tradicionais, como as picadas no dedo várias vezes ao dia. O procedimento, além de doloroso, é de difícil adesão em crianças e insuficiente para detectar precocemente episódios de hipoglicemia grave, que podem levar a internações e até óbitos. Para idosos, a limitação é ainda maior, já que muitos não conseguem relatar os sintomas de forma clara.
Os sensores de glicose funcionam de maneira automática, registrando em tempo real os níveis de glicemia e emitindo alertas em situações de risco. “Trata-se de um recurso mais seguro, preciso e menos traumático, que pode evitar complicações sérias e reduzir custos com internações”, destacou Pedro Américo. O vereador lembrou que estados como São Paulo e Paraná já implantaram programas semelhantes no SUS, comprovando a viabilidade da medida.
Na indicação, Pedro Américo sugere que o projeto-piloto seja iniciado no Centro de Atenção ao Diabético e Hipertenso (CADH), onde há um número expressivo de crianças acompanhadas com diabetes tipo 1. Ele defende que o estudo de viabilidade avalie o custo-benefício da implantação, incluindo economias geradas pela prevenção de internações, além da possibilidade de aquisição dos dispositivos por meio de recursos próprios, convênios ou emendas parlamentares.
“Nosso objetivo é garantir qualidade de vida e proteção para quem mais precisa, mostrando que a tecnologia pode e deve estar a serviço da saúde pública”, reforçou o vereador.